Livro uma outra princesa pdf download






















A menina no soube como Faltava uma gara, pensou ela. Quando viu, j estava a E escolheu uma meada branca cavalo do galho mais alto da rvore, matizada de rosa. Teceu seus pontos catando as frutas e limpando o caldo com cuidado, sabendo, enquanto que lhe escorria da boca.

Depois desceu pensou na hora de voltar para casa. Olhou, a ltima fruta ainda no estava Foi assim, de p ao lado da pronta, tocou no ponto que acabava gara, acariciando-lhe o pescoo, que em fio. E l estava ela, de volta na sua a irm mais velha a viu ao debruar-se casa. Era s o que no Agora que j tinha aprendido o estava bordado. E o risco era to. Bordou os cabelos, e o vento no mexeu mais neles.

Bordou a saia, e as pregas se fixaram. Bordou as mos, para sempre paradas no pescoo da gara. Quis bordar os ps mas estavam escondidos pela grama. Quis bordar o rosto mas estava escondido pela sombra.

Ento bordou a fita dos cabelos, arrematou o ponto, e com muito cuidado cortou a linha. Sempre atrs de borboletas, no se contentava com as Por que j tinha, caixas e caixas de vidro duas asas em todos os aposentos do palcio. Queria outras. Queria mais. Queria de veludo todas. Depois de tanta caa, de tanto escuro. Correu arrastavam para longe suas curvas querendo acompanh-la.

Tropeou preguiosas em busca de um canto numa pedra, perdeu-se entre os mais seguro para virarem borboletas. O cu limpo, onde estava a Talvez nos campos, quando a colheita borboleta? Pensou t-la visto numa estivesse madura. Mas era outono. Foi para l. Mas tudo quieto, Talvez no bosque. Durante toda a manh procurou. Viu noite, no palcio, s falou duas asas coloridas mexendo entre as dela. Queria a borboleta.

Se a tivesse, folhas, lanou a rede, recolheu apenas prometeu, deixaria de caar. Escolheu a flor que o vento agitava. Pensou ter no quarto o melhor lugar: acima da achado uma borboleta escura pousada cabeceira, de asas abertas sobre a num tronco, era folha levada por cama. Depois mais nada. Pssaros, Sonhou com a borboleta. Mas asas de veludo a afagavam no bater do borboleta nenhuma. Como se vo. Esperou deitada, imvel no mesmo Brilha esquecido o arco de ouro. A manh passou.

A tarde passou. A noite soprou seu vento. E no vento da noite veio a borboleta preta. Desta vez no a perderia. Sem tir-la do olhar, sem errar o passo, a princesa avanou entre as rvores, chegou beira do lago. E a viu descer abrindo as grandes asas num ltimo esforo para pousar sem mergulho, no borboleta, mas cisne, nobre cisne negro. Estremece a gua do lago. A princesa arma o arco, retesa a corda, crava a seta de ouro no peito do cisne.

Mas do peito dela que o sangue espirra. E filete, e jorro, banhando a roupa, desfazendo a seda por onde passa, transforma seu corpo em penas, negras penas de veludo. O dia adormece. No lago dois. Por entre flores olhava a Um dia, mais nada. Nenhuma janela do quarto onde ela vinha pegada, nenhum sinal de sua cumprimentar o dia.

Depois esperava presena. E silncio nas noites. A princesa, Um dia, indo o rei de manh penalizada com a derrota do pai, cedo visitar a filha em seus aposentos, prometeu que dentro de trs luas lhe viu o unicrnio na moita de lrios. Quero esse animal para mim. E Durante trs noites tranou com imediatamente ordenou a caada.

De manh vigiava a moita de cavaleiros caaram o unicrnio nas lrios do jardim. E no nascer do quarto florestas e nas campinas. Galopavam dia, quando o sol encheu com a os cavalos, corriam os ces, e, quando primeira luz os clices brancos, ela estavam todos certos de t-lo lanou a rede aprisionando o encurralado, perdiam sua pista, unicrnio. Preso nas malhas de ouro, Durante noites o rei e seus olhava o unicrnio aquela que mais cavaleiros acamparam ao redor das amava, agora sua dona, e que dele.

As trs luas porm j se A princesa aproximou-se. Que esgotavam. Na noite antes da data animal era aquele de olhos to mansos marcada o rei foi ao quarto da filha retido pela artimanha de suas lembrar-lhe a promessa.

Desconfiado, tranas? Veludo de plo, lacre dos olhou nos cantos, farejou o ar. Mas o cascos, e desabrochando no meio da unicrnio que comia lrios tinha cheiro testa, espinho e marfim, o chifre nico de flor, e escondido entre os vestidos que apontava ao cu. A perfumes. Quero sua laos da rede, o unicrnio ergueu-se palavra cumprida, - disse o rei - virei nas patas finas. Quanto tempo demorou a Sado o rei, as lgrimas da princesa para conhecer o unicrnio? Era preciso obedecer ao pai, lo?

Salvar Na mar das horas banhavam- o amor era preciso. A lua de amor, ela na grama, ele deitado a apagou-se. O sol mais uma vez seus ps, esquecidos do prazo.

E como no. E como no segundo dia olhou-o procurando o fundo de seus olhos. E como no terceiro dia segurou- lhe a cabea com as mos. E nesse ltimo dia aproximou a cabea do seu peito, com suave fora, com fora de amor empurrando, cravando o espinho de marfim no corao, enfim florido. Quando o rei veio em cobrana de promessa, foi isso que o sol morrente lhe entregou, a rosa de sangue e um feixe de lrios.

Desceu com ela Portas fechadas, e o silncio. Na sala acolchoada os ps Brincaram at o Rei adormecer do Rei afundavam at o tornozelo, o encostado numa rvore. Sala de quase escuro, sempre perigo. Sozinha no seu sono, solta e igual. O Rei deitou a idia adormecida to bonita, a idia poderia ter na cama de marfim, baixou o chamado a ateno de algum.

Bastaria esse algum peg-la e levar. A chave prendeu no pescoo em to fcil roubar uma idia. Quem grossa corrente. E nunca mais mexeu jamais saberia que j tinha dono? Com a idia escondida debaixo O tempo correu seus anos.

Idias o Rei no teve mais, nem sentiu Esperou a noite. Quando todos os falta, to ocupado esteve em. Envelhecia sem perceber, levantou o cortinado. Apenas, dormia azul como naquele dia. E linda. Mas de brincar nos jardins. S os ministros viam a velhice Entre ele e a idia estava todo o tempo do Rei.

Quando a cabea ficou toda passado l fora, o tempo todo parado branca, disseram-lhe que j podia na Sala do Sono. Seus olhos no viam descansar, e o libertaram do manto. Brincar no Posta a coroa sobre a almofada, queria, nem rir.

Que fazer com ela? Agora posso Depois baixou o buscar minha linda idia cortinado, e deixando a e guard-la s para mim. Entre Cano popular da as folhas Idade Mdia do verde O. Era dia de caada. Os cachorros latiam Se chegasse perto ser que ela fugia? Vestiu o colete de Mexeu num galho, ela levantou a couro, calou as botas. Os cavalos cabea ouvindo.

Ento o prncipe batiam os cascos debaixo da janela. E L embaixo parecia uma festa. Brilhavam os dentes correu e a segurou, chamando abertos em risadas, as armas, as homens e ces. Levaram a cora para o castelo. Na floresta tambm ouviram a Veio o mdico, trataram do ferimento.

Todos souberam Puseram a cora num quarto de porta que eles vinham. E cada um se trancada. Todos os dias o prncipe ia visit- S a moa no se escondeu.

S ele tinha a chave. E cada vez se Acordou com o som da tropa, e estava apaixonava mais. Mas a cora-mulher debruada no regato quando os s falava a lngua da floresta e o caadores chegaram.

Metade mulher, metade cora, Ento ficavam horas se olhando bebendo no regato. A mulher to calados, com tanta coisa para dizer.

A cora to gil. A mulher ele Ele queria dizer que a amava. Tentou para sempre no castelo, que a cobriria levantar, no conseguiu. O prncipe lhe de roupas e jias, que chamaria o deu a mo. Vieram as costureiras e a melhor feiticeiro do reino para faz-la cobriram de roupas.

Vieram os virar toda mulher. Ela queria dizer que o amava Vieram os mestres de dana para tanto, que queria casar com ele e lev- ensinar-lhe a andar. S no tinha a lo para a floresta, que lhe ensinaria a palavra. E o desejo de ser mulher. E na manh do lhe quatro patas geis e um belo plo oitavo dia, quando acordou e viu a castanho.

E ela no tinha o segredo da desceu a escada, cruzou o ptio e palavra. Agora se seguravam as mos. E no dia O sol ainda brilhava quando a em que a primeira lgrima rolou dos cora saiu da floresta, s cora, no olhos dela, o prncipe pensou ter mais mulher. E se ps a pastar sob as entendido e mandou chamar o janelas do palcio. Quando a cora acordou, j no era mais cora. Duas pernas s e. Todas as tardes, na torre mais alta do castelo de vidro, Nemsia e Gloxnia bordavam.

Longo era o manto de seda branca que as duas fadas floresciam e que uma haveria de usar. Mas Gloxnia, nunca satisfeita com seu trabalho, desmanchava ao fim de cada dia o que tinha feito, para recomear no dia seguinte. Nemsia, gestos seguros, desenhava flores e folhas de um jardim em que todas as ptalas eram irms, e a cada dia arrematava o ponto mais adiante.

Que na agulha de de tanto desmanchar. Sujava-se o Gloxnia revelou-se perfeito, pano. Os dedos de Nemsia, permitindo um bordado certo sem tranqilos, brotavam o manto branco. Faz e desmancha, na cesta de Pela primeira vez Gloxnia seguiu sem Gloxnia esgotava-se a linha. E ao desmanchar. J percebeu que no havia avanado um no dormia. Colhia o fio da teia mais raminho sequer. Caberia irm acabar prxima e logo mergulhava a agulha o manto e ficar com ele, sem que ela a cantando na cadncia dos pontos nada tivesse direito por seus esforos.

Fio aps fio esqueceu-se De nada adiantava agora da irm. Havia linha, o bordado procurar a perfeio. Abandonando enriquecia, e Gloxnia trabalhava feliz por um instante a tentativa de suas no passar dos anos. Nemsia arrematou um espinho, e percebeu ainda teve tempo de terminar o ponto num sorriso que nada mais havia para e libertar mais uma rosa.

Depois bordar; a primavera desabrochava no transformou-se em aranha. Guardada a agulha, Gloxnia Paciente, Nemsia teceu o levantou-se. Usaria o manto,. Prendeu as fitas largas no pescoo, ajeitou a cauda e virou-se para a porta. Mas onde estava a porta? Ao redor de Gloxnia, as teias de Nemsia. Teia encostada em outra teia, que Gloxnia rasgava sem chegar a lugar algum, somente a outras e mais teias.

Onde estava a corte? Ao redor da corte, ao redor das salas, ao redor do castelo e dos jardins, l fora fiava e tecia a paciente Nemsia, esquecida da corte, esquecida da irm para sempre prisioneira do seu casulo de prata. Era linda, era filha, era nica. Filha do rei. Mas de que adiantava ser princesa se no tinha com quem brincar?

Sozinha no palcio chorava e chorava. No queria saber de bonecas, no queria saber de brinquedos. Queria uma amiga para gostar. De noite o rei ouvia os soluos da filha. De que adianta a coroa se a filha da gente chora noite? Decidiu acabar com tanta tristeza. Chamou o vidraceiro, chamou o moldureiro. E em segredo mandou fazer o maior. E em silncio cesta. Bichos, bonecas, casinhas, e mandou colocar o espelho ao p da uma bola de ouro.

A bola no fundo da cama da filha que dormia. Porm to brilhante, que foi o Quando a princesa acordou, j primeiro brinquedo que escolheram.

Uma menina linda Rolaram com ela no tapete, e nica olhava surpresa para ela, os lanaram na cama, atiraram para o cabelos ainda desfeitos do sono. Mas quando a princesa resolveu Rpido saltaram as duas da cama.

Uma sorriu e Uma moldura vazia, cacos de deu bom-dia. A outra deu bom-dia espelho no cho. A tristeza pesou nos olhos da - Engraado - pensou uma - a nica filha do rei. Abaixou a cabea outra canhota. A lgrima inchou, j ia E riram as duas. Felizes tanto amava. No s um rosto de juntas, felizes iguais. A brincadeira de amiga, mas tantos rostos de tantas uma era a graa da outra.

O salto de amigas. E quando No na lgrima que logo caiu, uma estava cansada, a outra dormia. Depois, Riram por algum tempo depois. Uma princesa diferente? ISBN 1. Literatura infantojuvenil.

CDU Desde que era um bebezinho, Ana foi chamada de princesa: a princesa Aninha. Em nada pareciam com ela. Pior ainda quando no recreio ouvia as colegas zombarem dela assim:. Pular no carrossel. Anterior no carrossel. Uma Princesa Diferente. Denunciar este documento. Fazer o download agora mesmo.

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